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A Velha e Sempre Nova Academia: maior e mais moderna a partir de 2025

  • Foto do escritor: Vinicius Ferreira Oliveira
    Vinicius Ferreira Oliveira
  • 27 de nov. de 2024
  • 3 min de leitura

A Velha e Sempre Nova Academia de Direito do Largo de São Francisco ganhou, neste ano, mais um projeto de expansão de suas instalações, ao lado de planos até então já conhecidos, como a construção de uma nova biblioteca ao lado do prédio anexo. Já um antigo desejo, do qual antigos diretores, como o Professor Floriano de Azevedo Marques Neto, correram atrás de tornar realidade, o Palácio do Comércio passará a integrar o espaço da Faculdade de Direito já a partir do ano de 2025, provavelmente no 1° semestre. Uma aquisição que custou à USP cerca de R$18 milhões, os planos ganharam forma a partir de uma conversa entre os Professores Facury Scaff e Gilberto Bercovici, mas foi necessário mais que apenas o desejo da comunidade docente.

Para que o edifício histórico da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), construído em 1907, passasse ao comando da São Francisco, foi necessário desapropriar o imóvel, a fim de “driblar” uma cláusula de inalienabilidade que impedia até então a aquisição das instalações. Por incrível que pareça, o processo foi bastante célere, sendo concluído em 90 dias com o apoio do Secretário Estadual de Projetos, Guilherme Afif. A transferência foi, enfim, sacramentada em evento realizado em abril deste ano na presença do Governador, Tarcísio de Freitas, que oficializou em decreto a utilidade pública do Palácio do Comércio. A integração do edifício às dependências da SanFran está em linha com projetos do atual Governo do Estado no sentido de revitalizar e modernizar o Centro Histórico da Capital, reocupar os espaços abandonados e reaquecer a economia e a dinamicidade do local.

Para além de representar mais um passo importante para a revitalização do Centro, o projeto de expansão em questão se apresenta também como uma grande conquista da comunidade acadêmica franciscana. Isso porque, inegavelmente, a utilização do Palácio do Comércio abre a oportunidade de uso de mais espaços para a realização de cursos, eventos, projetos de extensão dos próprios alunos, além de proporcionar mais espaços de convivência e estudo. Como muito bem pontuado pela presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto, as atuais dependências da FDUSP carecem de estrutura suficiente para atender os alunos, principalmente no que diz respeito a instalações básicas, como banheiros, tomadas e simplesmente espaços de estudo.

Isso é facilmente perceptível ao se observar as dimensões do recém integrado Palácio do Comércio, que possui aproximadamente 4 mil metros quadrados de área e uma estrutura que conta atualmente com 20 salas de aula, além de salas administrativas e um auditório. Apesar de estar em bom estado de conservação, os projetos previstos para o Palácio não se limitam à sua mera incorporação à São Francisco: a segunda fase do projeto, que deve ser executada no médio a longo prazo, envolve a implementação de recursos para criação de espaços mais modernos alinhados com a digitalização do ensino. Tal fase de execução está atualmente orçada em aproximadamente R$24 milhões e deve contar com incentivo, inclusive, de entidades do setor privado.

A vice-diretora, Ana Elisa Bechara, considera que o projeto representa também a oportunidade de incluir na São Francisco espaços mais modernos, interativos e menos formais de ensino. Tudo isso, além de tudo, contribui com a necessária mudança e inovação das fórmulas de ensino jurídico hoje dominantes no Brasil e já há algum tempo discutida. Nesse sentido, é assim que a faculdade faz jus ao seu mais famoso mote e segue se consagrando como, embora Velha, uma Sempre Nova Academia de Direito.

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