As Paralimpíadas

As Paralimpíadas de 2024 foram disputadas na França, de 28 de agosto a 8 de setembro. Após bater seu recorde paralímpico, o Brasil finaliza as competições com uma totalidade de 89 medalhas, sendo 25 ouros, ficando em quinto lugar no ranking mundial de equipes.

Em primeiro lugar tivemos a China, em segundo lugar a Grã-Bretanha, depois em terceiro lugar os Estados Unidos, e em quarto lugar os Países Baixos.

Mas o que são as Paralimpíadas?

As Paralimpíadas são os eventos esportivos, que ocorrem a cada quatro anos. Uma competição como as Olímpiadas, mas voltadas para a participação exclusiva de pessoas com deficiência, com a sigla de PCD. As deficiências das pessoas que competem podem ser física, intelectual, visual ou auditiva. Elas ocorrem sempre no mesmo país que sedia as Olimpíadas, assim, nesse ano de 2024, ambas ocorreram na França. Primeiro as Olimpíadas, e depois as Paralimpíadas.

Quais esportes estão na competição?

Atualmente, existem 22 (vinte e dois) esportes na competição, são eles: (1) atletismo; (2) badminton; (3) basquetebol em cadeira de rodas; (4) bocha; (5) canoagem; (6) ciclismo; (7) esgrima em cadeira de rodas; (8) futebol de 5; (9) goalball; (10) hipismo; (11) judô; (12) levantamento de peso; (13) natação; (14) remo; (15) rugby em cadeiras de rodas; (16) taekwondo; (17) tênis de mesa; (18) tênis em cadeira de rodas; (19) tiro; (20) tiro com arco; (21) triatlo; (22) voleibol sentado.

Cada um dos esportes deve seguir o sistema de classificação funcional. O sistema é feito por três avaliações, para determinar o grau da deficiência. Isso é para que as disputas de cada uma das modalidades seja mais justa. Pessoas com graus de deficiência parecidos competem.

Qual a história das Paralimpíadas?

As primeiras profissões esportivas para pessoas com deficiência só foram surgir depois da Segunda Guerra Mundial. Foi nesse momento que começou a se entender a importância do esporte também para pessoas com deficiência. Também era um momento em que os direitos de igualdade, acessibilidade e participação na sociedade para essas pessoas começaram a surgir. Em 1948, uma pequena competição foi organizada na Inglaterra, com veteranos de guerra com lesão na medula espinhal. Nos quatro anos seguintes, jogadores de outros países passaram a aparecer, até que então tinham um movimento paralímpico. Assim, a primeira edição dos jogos ocorreu em 1960, em Roma, na Itália. E só ganhou o nome de “Jogos Paralímpicos” em 1964, em Tóquio, no Japão.

Mas a primeira participação do Brasil só ocorreu em 1972. Sua primeira medalha foi ganha em 1976, e desde então, o país passou a se tornar uma potência paralímpica. Hoje, o país ficou em quinto lugar nas Paralimpíadas de 2024.

Em 1989, foi criado o Comitê Paralímpico Internacional. Ele reúne os países participantes da competição, e determina as regras para cada modalidade e atleta participar. Ele também mantém importante contato com o Comitê Olímpico. Isso permite uma cooperação entre eles para a organização dos jogos.

Importância das Paralimpíadas:

As Paralimpíadas existirem é muito importante na luta contra os capacitismos e preconceitos. Capacitismo é a ideia de que as pessoas com deficiência não são capazes de realizar determinadas atividades, simplesmente porque são PCDs. Ou seja, por serem diferentes, não poderiam realizar o mesmo que outras pessoas. O que está errado. PCDs são capazes. Os jogos mostram feitos e superações de cada um de seus atletas. Eles mostram que são mais do que capazes de jogar, de treinar, de competir. Também é uma forma de desafio físico para os atletas, como as próprias Olimpíadas. Ambas servem para a integração entre países, pois juntam pessoas de todo o mundo para jogar e competir.

Muitos esportes das paralimpíadas não são valorizados ou conhecidos. A mesma coisa acontece com os atletas PCDs. As paralímpiadas possibilitam, assim, uma visibilidade para as pessoas com deficiência e para essas pessoas no esporte.

Uma curiosidade?

O Comitê Paralímpico Brasileiro adotou em 2011 o termo “paralímpico” para se referir aos jogos olímpicos das pessoas com deficiência. Contudo, essa é uma palavra que, na gramática da língua portuguesa, teoricamente não existe, então deveria ser usado “paraolímpico” como correto.