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Eleições municipais: maiores vencedores, perdedores e o que esperar do segundo turno em São Paulo

  • Maria Júlia Moreira
  • 25 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Com projetos de cidade distintos, Guilherme Boulos e Ricardo Nunes protagonizam uma acirrada disputa pelo comando da capital paulista, buscando mobilizar eleitores indecisos e combater a apatia eleitoral.


Uma cadeira simples em preto e branco. Ao lado, os dizeres "e agora"?
Ilustração: Vinicius Demarzo

Maria Júlia Moreira


As eleições municipais de 2024 no Brasil trouxeram à tona uma clara divisão de forças políticas e mostraram, mais uma vez, como o cenário eleitoral do país é dinâmico e imprevisível.


Em São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil, a disputa pelo segundo turno entre Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), promete ser acirrada e cheia de contrastes ideológicos. No entanto, além dos dois finalistas, é importante destacar quem foram os maiores vencedores e perdedores desta corrida e o que esperar para o segundo turno.


De início, os maiores vencedores são os dois candidatos que avançaram ao segundo turno. Guilherme Boulos consolidou-se como um importante nome da esquerda, angariando apoio de movimentos sociais e progressistas e se firmando como uma figura relevante na política paulistana. Boulos, desta vez, surge mais experiente e com um discurso mais pragmático, buscando dialogar com diferentes setores da sociedade.


 Do outro lado, Ricardo Nunes, prefeito incumbente, resistiu a uma campanha marcada por críticas à sua gestão, especialmente em áreas como infraestrutura e serviços públicos.

 

No campo dos perdedores, destaca-se Pablo Marçal (PRTB), o influenciador digital que apostou em uma campanha agressiva e antissistema. Apesar de um bom número de votos para um estreante, sua tentativa de romper a polarização entre Nunes e Boulos falhou. Marçal perdeu tração ao longo da campanha, e a polêmica envolvendo um laudo forjado na reta final enfraqueceu sua imagem, que já se mostrava frágil diante de um eleitorado que não aderiu completamente ao seu discurso.

 

Agora, o segundo turno em São Paulo apresenta um duelo entre dois projetos distintos de cidade. De um lado, Boulos propõe uma administração voltada para políticas públicas inclusivas, priorizando questões sociais e reformas urbanas.


Do outro, Nunes aposta na continuidade de sua gestão, jurando melhorias na infraestrutura e na atração de investimentos para a cidade, apesar de o histórico do prefeito ir de encontro às suas promessas. A disputa deve ser acirrada, com ambos buscando o apoio dos eleitores de Marçal e de outras candidaturas derrotadas no primeiro turno.

 

Um ponto central será a capacidade de Nunes e Boulos em conquistar os votos daqueles que se abstiveram ou votaram nulo, já que o nível de apatia eleitoral foi significativo. O segundo turno, portanto, se tornará não apenas um embate entre  projetos, mas também uma luta para reverter essa apatia e mobilizar a maior parte dos paulistanos a participar politicamente e escolher o futuro prefeito da maior cidade do país.

 

Em suma, as eleições municipais de 2024, até agora, mostraram a força e os desafios de nomes emergentes e de candidatos tradicionais, e o segundo turno será uma batalha decisiva para definir os rumos de São Paulo. Resta saber quem conseguirá convencer o eleitorado de que tem a melhor visão para o futuro da cidade.


As opiniões expressas neste artigo são de exclusiva responsabilidade do(a) autor(a) e não representam, necessariamente, a posição da Gazeta Arcadas sobre o tema. Somos um veículo plural, composto por pessoas com diferentes perspectivas políticas, e prezamos pelo respeito à diversidade e à democracia.


Texto revisado e editado por Ricardo Bianco.

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